quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Consciência Humana

Eu sou assim
Essa mente que em vão sonha
Perdida em delírios de festim
Mente descomunal, humana
Saber o que quer enfim
É o seu principal grande drama
Labirinto sem inicio, sem fim
Gasto pelas teorias mundanas
Debilmente arquitetado bem no meio
De um jardim sombrio
De onde pássaros de asas raras
Não podem voar
Pois seus cantos ecoam
Versos dementes, tardios

Mente humana, confusa, calada
Turbilhão de mil pensamentos
Recôndito por onde a vida passa
Revolto remanso dos sentimentos

Mente humana
O ser humano te olha inquisidor
Vacilante entre o desejo de saber
E a dúvida da resposta
O que lhe causa peculiar rancor:
Em ser uma espécie pensante, terrena
Ainda que insignificante, pequena
Mas que, do auge de sua inocente certeza de superioridade,
Considera-se portadora de angustiante dor –
A consciência maior de sua mortalidade

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