"(..)Eu quero aprender cada vez mais a considerar a necessidade das coisas como o belo em si – assim, eu serei um daqueles que tornam as coisas belas, amor fati: que seja este de agora em diante o meu amor! Eu não vou fazer guerra contra o feio, eu não o acusarei mais, eu não acusarei nem mesmo os acusadores. Suspender o olhar, que esta seja minha única forma de negar. Eu não quero, a partir desse momento, ser outra coisa senão pura afirmação." - Nietzsche, Gaia Ciência, §276
Tanto
tempo levei
para
me livrar dessa tristeza
E
de tudo que sei
hoje
sei, não vale muito
O
muito que ouvi
quem
dizia nunca se mostrou
De
tanto caçar
de
tudo já sonhei
E
o tempo ainda passa
Os
meus olhos não me veem
Aquele
amor não dá graça
E
as minhas lágrimas
são
lágrimas de ressaca
Pelos
mares da vida
a
navegar, naufraguei
Meu
corpo é uma vela
E
o vento
quantas
vezes não soprei?
Eu
nunca me vi numa ilha
pelejando
por alguém
Mas
a vida ainda leva
E
eu sei tão bem
que
o tempo que me resta
eu
mesmo o estimei
Pensei
estar vivo
Na
verdade, já nem sei
A
loucura me parece tão bonita
que
desejo me encontrar com ela
em
algumas dessas ruas
por
onde nunca passei
Mas
meus olhos não enxergam
o
que tantos olhos veem
A
dor que me percebe
eu
mesmo a cultivei
E,
em seu fluxo, o mundo ainda me leva,
sem
cessar, mais uma vez...
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