Que
seja orgulho
a
minha incompreensão
E
vaidade
o meu segredo
Que
seja vulnerável
o
meu egoísmo
E
suscetibilidade
o
meu “eu-mesmo”
Que
seja carência
o
meu amor
E
desejo
a
minha solidão
Que
seja fero afago
o
meu carinho
E
ódio
o
meu olhar vermelho
Que
seja imposição
o
meu silêncio
E
loucura
a
minha lucidez
Que
seja sublime
o
meu escuro
E
áspera
a
minha luz
Que
seja exato
o
meu contrário
E
oposto
o
meu acerto
Que
sejam flores negras
as
minhas estrelas
E
imenso mar
o
meu céu revolto
Que
seja vontade
o
meu pensamento
E
indiferença
o
meu desespero
Que
seja estar-sendo
o
meu ser
E
firmamento
a
minha palavra
Quem
sabe de mim senão nem eumesmo
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